a poesia que fala de amor
é a mesma que emite a mensagem de adeus
igual ao barco que se afasta da praia
onde viveu
o navegante solitário busca em cada ilha
o amor que desapareceu
em cada verso um sonho
a ilha do amor que a vida escondeu!
a poesia que fala de amor
é a mesma que emite a mensagem de adeus
igual ao barco que se afasta da praia
onde viveu
o navegante solitário busca em cada ilha
o amor que desapareceu
em cada verso um sonho
a ilha do amor que a vida escondeu!
quem levou o mar?
cadê a praia?
eram eternos
como foram se acabar
deixaram uma rua vazia
de portas fechadas
venha, Sol
teu raio de luz clarear!
é hora de dormir
portas trancadas
sonhos presos aqui!
o cais está vazio
pelo amor ido
chegam apenas ondas fortes
que batem e molham
quem se atreve a esperar
que olha para o horizonte
vê apenas o mar
rosto molhado
lágrima e água do mar!
o chão do ateliê
do pintor
sujou de tinta
com o pé ele esfregou um pano
não limpou
surgiu outro quadro
do pintor!
há que se recomeçar
quando o amor para
e segue por outro caminho
depois que os dias marcam anos
quando o sonho é sozinho!
rua que da minha janela vejo
és um pedaço de reta
carregado de mistérios
de passos que seriam eternos
de sonhos misturados ao teu chão
de distância infinita entre dois de teus pontos
um sendo ela
o outro sendo eu!
a árvore sem folhas
que não dá sombra
com flores
é fonte do mel
que alimentará!
objeto valiosíssimo
quebrou
não pode ser reconstruído
uma peça importante faltou!
é noite e a rua molhada
o céu nublado
não vejo a Lua
a mancha branca por trás das nuvens
uma cortina a proteger da plateia
a atriz principal!